Como as mulheres ainda são vistas? Em quais papéis foram colocadas? Onde elas estão nas organizações? Como elas foram representadas ao longo da história? As mulheres batalham dia após dia pela equidade de gêneros, principalmente dentro das empresas.
A sociedade em que crescemos, só reforça como vemos o sexo feminino. Essa visão está sendo desconstruída com o passar dos anos, o que é fundamental para mudar a realidade. Em grandes empresas, é importante que os exemplos comecem de cima, com o reconhecimento dessas mulheres, afinal, a contratação deve ser pelo potencial, visto que as diferenças se darão pelo tipo de trabalho e não pela diferença de gênero.
Desse modo, já existem algumas empresas que apresentam liderança feminina e que consequentemente apresentam em seu quadro de funcionários uma alta representatividade dessa. Entre elas: a Microsoft, a qual possui 46% de mulheres na alta liderança e SC Johnson que apresenta 80%. Apesar desse quadro positivo, ainda assim, no Brasil, as mulheres recebem 20% a menos que os homens para os mesmos cargos e funções, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mulheres inspiradoras
Já faz tempo que o mercado deixou de ser um lugar apenas para os homens e passou a ser mais diversificado, o que contribui para maior comunicação de ideias, pensamentos, experiências e opiniões. Porém, não basta as mulheres terem voz, elas precisam também ser escutadas.
Dessa maneira, não podemos falar desse assunto, sem mencionar as grandes líderes femininas que nos inspiram a ir além, com suas trajetórias e lutas diárias, causando impacto dentro das companhias, as quais estão.
Podemos destacar: Luiza Helena Trajano, uma empresária brasileira fundadora e responsável pela rede da Magazine Luiza; Sofia Esteves, fundadora da Cia de Talentos, uma das maiores consultorias de RH do país; Tânia Cosentino, empresária e CEO da Microsoft no Brasil, dentre muitas outras líderes femininas.
O “degrau” está sendo consertado?
Embora, esse “degrau” da desigualdade de gêneros esteja sendo consertado aos poucos, ainda há muito o que se fazer e se pensar. Existe um preconceito amplificado no mercado e ambiente de trabalho em relação a liderança feminina. De acordo com a Forntune 500: “as mulheres representam apenas 7,6% dos cargos de liderança executiva da lista”.
O cenário das mulheres em mercado de trabalho é algo angustiante que só nesse século tem ganhado mais destaque e tomado rumos diferentes. O “degrau” pode estar se consertando aos poucos, porém mesmo se os números de mulheres em cargos mais altos aumentarem, nunca conseguiremos alcançar a equidade entre os sexos, pelo fato que há poucas mulheres para progredir.
3 benefícios da igualdade dentro da organização
A importância da figura masculina nesse processo é muito importante, quando um homem consegue entender todas as dificuldades e a história do gênero feminino no mercado e se dispõe a enxergar os benefícios dessa igualdade de sexos, os resultados vão ser cada vez melhores. “Consertar” essa desigualdade de gêneros, só trará reações positivas nas corporações, como:
1- A inovação está na diversidade de pensamentos, formação e características diferentes. Para ocorrer a mudança de mentalidade é necessário mudar esse perfil de líder que a sociedade construiu;
2- Uma cultura mais forte na empresa, proporcionando assim um ambiente mais agradável e acolhedor. Fazendo com que reúna diversos tipos de profissionais e sintam o desejo de estar lá, diminuindo o turnover e aumentando o engajamento;
3- Ganham visibilidade perante a concorrência, pois negócios que demonstram respeito pela questão de diversidade e que se preocupam com o bem-estar dos funcionários se destacam no mercado, colaborando para a atração e retenção de talentos;
A Consultoria RH Junior e a liderança feminina
Na Consultoria RH Junior, temos a voz de líderes femininas, tanto em cargos formais quanto em informais. Inspirações que passam ou já puderam passar pela empresa, deixando esse empoderamento e reconhecimento pelo caminho, nos ajudando a crescer e querer ser mais todos os dias, afinal, uma força de trabalho mais diversificada levará a uma cultura mais inclusiva e um ambiente mais acolhedor.
Podemos observar, atualmente, que essa consciência coletiva expressada por ações para fortalecer as mulheres e desenvolver a equidade de gênero é algo que muitos têm a consciência, mas poucos refletem em cima disto e dessa história. Para enfrentar isso é preciso mudar nossa maneira de pensar esse pré-conceito que existe em nossa sociedade e em nós mesmo, não apenas sobre os gêneros, mas também a outros preconceitos existentes.
Por fim, é possível concluir que primeiro passo para solucionar esse problema é reconhecendo e dando existência a ele. É preciso que os gestores se posicionem e aceitem o diferente, afinal, as competências e o comprometimento não têm cor, gênero ou classe. Dando esse primeiro passo as palavras vão ganhar poder e não serão vazias, possuindo um significado maior.
Por Júlia de Souza Barreto, graduanda em Psicologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e Coordenadora de Relações Institucionais na Consultoria RH Junior