Com a competitividade cada vez mais acirrada no meio empresarial, é imprescindível a adoção de medidas de gestão de pessoas que aumentem o desempenho de uma empresa. Uma alternativa para isso é o estabelecimento de bonificações aos colaboradores através de metas definidas ou a participação nos lucros e resultados – parte da remuneração variável de acordo com os lucros da organização, em determinado período. Desse modo, eles seriam motivados a apresentar uma melhor atuação, pois os benefícios recebidos dependeriam das metas cumpridas ou da performance da empresa, acarretando melhores resultados a ela.
No caso da bonificação por metas, para que elas sejam assertivas, faz-se essencial a sua determinação conforme indicadores de desempenho bem estipulados segundo as estratégias da empresa, as quais devem ser definidas em concordância com os objetivos dela, que têm de ser delineados a partir da visão da corporação. Isso porque, em primeiro lugar, as metas precisam estar alinhadas aos objetivos da companhia a fim de que possam, de fato, efetivá-los. Em segundo lugar, os funcionários necessitam entender o sentido delas para se engajarem em atingi-las, o que seria conseguido à medida que as relacionassem à visão da organização onde trabalham.
Com as metas e seus prazos para cumprimento bem estabelecidos, a bonificação é escolhida e, caso aquelas sejam atingidas, esta é distribuída. Há diversas possibilidades de bonificação – a exemplo de viagens, jantares, bônus monetário e cursos – e a sua escolha deve levar em consideração critérios como capital destinado a ela, qual atrairia mais os colaboradores e, ainda, o que poderia ser revertido diretamente em conhecimento aplicável no trabalho.
Ademais, a recompensa pode ser dada a um único indivíduo ou grupo que cumpriu a meta, como também para todos os funcionários da companhia, por essa – representando todos os seus integrantes – tê-la atingido, sendo uma decisão a ser explicitada a todos os colaboradores no mesmo momento em que as metas forem. Essas devem ser reforçadas aos membros da empresa com certa frequência – como em reuniões semanais, por exemplo -, para que eles as internalizem e se sintam motivados a alcançá-las.
Optando pela participação nos lucros e resultados, determinado percentual do lucro da empresa é destinado ao pagamento de seus colaboradores, o que proporciona a estes um sentimento de pertencimento maior em relação àquela, pois eles literalmente recebem pelos resultados financeiros da organização em que trabalham, tendo em vista que, se o lucro da empresa for maior, sua remuneração variável também será. Entretanto, vale ressaltar que a participação nos lucros e resultados deve seguir a lei que a regula – Lei 10.101/2000 – e, assim, estabelecida com cautela, por meio do apoio de profissionais especializados no assunto.
Tanto a remuneração variável por metas como por participação nos lucros e resultados não exclui a remuneração fixa aos funcionários, somam-se a ela, sendo alternativas de motivação para o aumento do desempenho deles e, consequentemente, da empresa como um todo, levando ao seu melhor resultado financeiro.
Por Raquel Barrios, graduanda em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas e Gerente de Administrativo Financeiro da Consultoria RH Junior.