O que são as compensações atualmente
O maior custo que as organizações possuem, atualmente, são as compensações, ou seja, salários, bônus e benefícios que as empresas concedem aos seus colaboradores. Apesar desse valor ser superior a 50% de todos os custos, a grande maioria das empresas possui dificuldade em como lidar com esses gastos. A Deloitte realizou uma pesquisa para analisar as tendências globais dos assuntos relacionados ao capital humano, e apenas 20% das organizações contatadas não tinham passado por um processo de reformulação das compensações nos últimos 3 anos. Além de aproximadamente um quarto estarem passando por reformulações no momento em que a pesquisa foi feita.
Dessa forma, fica evidente a dificuldade que existe em como estruturar um bom sistema de compensações. Assim, é possível listar 3 tendências que dificultam ainda mais esse trabalho. A primeira é a mudança pela qual a forma de trabalhar está passando. Com ambientes muito mais dinâmicos e uma maior necessidade de se manter atualizado, há maior dificuldade na criação de parâmetros para as compensações. Os outros 2 entram em um aspecto mais subjetivo, que são as noções de transparência e justiça.
Tendências para abordagens humanas
Uma tendência entre muitos trabalhadores é o desejo de transparência com relação aos seus salários e benefícios, já havendo casos de pesquisas cujo resultado mostra uma posição favorável para a divulgação de forma pública desses dados. Essa transparência representa um desejo para que as empresas passem a mostrar exatamente como – e para quem – as suas políticas de compensação funcionam. De forma quase que direta, entra em cena a questão da justiça, que pode gerar grandes frutos quando bem aplicada.
Pesquisas mostram que a percepção de justiça que os colaboradores enxergam nas compensações está diretamente atrelado a maiores índices de engajamento e motivação dentro da empresa. Além de melhores sinais de bem-estar dos trabalhadores, incentivando-os a terem práticas mais saudáveis. O oposto também se aplica, pesquisas mostram que a percepção de injustiça e desigualdade salarial pode aumentar as tendências de depressão e ansiedade entre os funcionários. Assim, criar políticas transparentes e justas não é só uma medida recomendável para as organizações aumentarem a sua eficiência, mas também são abordagens humanas e éticas para com seus trabalhadores.
Historicamente, as compensações sempre foram tratadas como algo importante, sendo um dos fatores capaz reter e atrair os profissionais desejados. Mas seu papel agora pode se expandir para se tornar um meio pelo qual as empresas podem ser capazes de se adaptar às novas formas de trabalho e às novas expectativas dos trabalhadores. Elas devem ser deixadas de serem vistas apenas como números frios. Desse modo, precisam ganhar um papel central em como as empresas valorizam e são avaliadas por seus indivíduos, tornando-se central que as políticas tratem esse capital humano como algo central na hora de sua estruturação. Nós separamos algumas possibilidades de planos de ação e abordagens humanas que podem ser tomadas nesse sentido:
Ouvir a empresa
A primeira estratégia é de permitir que os colaboradores se tornem uma voz ativa nas compensações. Estruturar uma política de compensações não é algo simples, e deixar toda a empresa decidir em conjunto seria algo extremamente complicado, sendo razoável que apenas algumas pessoas de nível estratégico possam defini-las. No entanto, essa abordagem não impede que aqueles diretamente impactados sejam ouvidos. Além de uma transparência em como a política funciona, uma abordagem que pode favorecer a empresa são políticas de feedback continuo dos seus colaboradores quanto a visão deles sobre o plano de compensações. Afinal, isso facilita a identificação de problemas e melhora o clima da empresa, uma vez que eles se sentem mais inseridos na formação desses planos.
Compensações consistentes
Outra estratégia consiste diretamente na justiça das políticas de salários e benefícios, tanto nas suas distribuições como no seu procedimento. As empresas devem sempre procurar manter uma consistência na aplicação das compensações, garantindo que elas serão feitas de forma justa entre todos os colaboradores. Além disso, essa consistência também deverá ser observada nas recompensas pelo trabalho, garantido algo justo e bem distribuído entre todos os segmentos da empresa
Valorização do indivíduo
A última estratégia que iremos mencionar é uma abordagem que valorize os desempenhos individuais. Um dos pontos mais importantes das compensações é a valorização dos indivíduos que trabalham na organização. Mas ainda assim, muitas empresas não possuem políticas efetivas nesse sentido. Desse modo, garantir uma boa valorização das contribuições individuais influencia diretamente no senso de pertencimento do colaborador, sendo essencial que o plano de compensações seja plenamente capaz de tornar evidente o reconhecimento dessas contribuições. Como resultado, os colaboradores ficarão muito mais alinhados com os objetivos estratégicos da empresa.
Muitas das empresas que se encontram em uma constante reestruturação dos seus planos de compensação apenas estão nessa situação por ainda não estarem adequadas a essa nova realidade. Nós da RH Junior acreditamos que qualquer empresa é capaz de se adequar às novas tendências do mercado. Tendo como parte do nosso portfólio a estruturação de um plano de salários e benefícios coerente com as demandas dos nossos clientes e de forma embasada, garantimos que essas abordagens humanas sejam aplicadas.
Por Bruno Mendonça, graduando em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas e consultor de vendas na Consultoria RH Junior