Origem
O conceito de benefícios flexíveis surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e, gradualmente, foi se espalhando para o mundo. Ele nasceu da necessidade que as empresas da época tinham em oferecer benefícios extras salariais que fossem adaptados às preferências e necessidades de cada colaborador.
O quê são?
Benefícios flexíveis são um conjunto de benefícios que uma empresa oferece para seus colaboradores. Eles são chamados “flexíveis” pois excedem aqueles requeridos por lei – décimo terceiro e férias, por exemplo – e, porque tendem a se adaptar às necessidades de cada trabalhador (a empresa pode impor um limite de escolha de benefícios e o trabalhador escolhe aquele que mais se adapta às suas necessidades.)
Essa é uma medida inteligente a ser adotada pela equipe de Recursos Humanos, para reter talentos dentro da equipe e atrair os profissionais mais competentes do mercado.
Quais são as vantagens dessa estratégia?
Essa estratégia é muito proveitosa não apenas para o colaborador, mas também para a empresa. De uma forma geral, os benefícios flexíveis são responsáveis por um aumento do bem-estar entre os funcionários, que tem impactos diretos na produção da equipe e na qualidade de vida dos trabalhadores. De maneira objetiva, elencamos aqui 7 vantagens dessa estratégia:
- Auxilia no desenvolvimento intelectual e emocional de cada indivíduo;
- Melhora a qualidade dos relacionamentos interpessoais dentro da equipe;
- Melhora a relação do colaborador com o contratante por meio do alinhamento e proximidade;
- Aumenta a atração e retenção de talentos;
- Aumenta a produtividade dentro do time;
- Aumenta a motivação e satisfação dos trabalhadores;
- Otimiza resultados;
Visão prática
Vários são os benefícios que a empresa pode oferecer e cabe ao colaborador escolher quais, dentro do limite de escolha imposto pela empresa, se adaptam melhor à suas necessidades. Exemplos mais comuns de benefícios flexíveis são:
- Vale- alimentação e Vale-refeição;
- Assistencia média e odontológica
- Cesta básica;
- Bolsa de estudos;
- Vale cultura;
- Previdência privada;
- Horários flexíveis;
- Gympass.
Quem pode oferecer?
Qualquer empresa pode oferecer benefícios flexíveis para seus colaboradores, desde que respeite aquilo previsto na lei 5.452, art. 461 da CLT:
“Sendo idêntica à função, a todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a dois anos.”
Isso significa que, mesmo que a empresa ofereça diferentes pacotes de benefícios, os quais os colaboradores podem escolher, todos eles devem ter valores equivalentes. Por isso, dado que a distribuição de vantagens deve ser obrigatória, é preciso tomar cuidado na criação de pacotes ao ponderar a relação orçamento/quantidade de trabalhadores.
Um exemplo de case de sucesso
A Unilever adotou a estratégia de benefícios flexíveis e, segundo entrevista concedida no CONARH, a empresa aposta na flexibilização das oportunidades. Neste caso, a prioridade é disponibilizar uma vasta gama de opções dentre as quais o colaborador pode escolher.
Segundo Fernando Rodrigueiro, diretor de Recursos Humanos da Unilever, a empresa obteve sucesso com a adoção do programa: houve aumento da produtividade e engajamento dos trabalhadores e redução do absenteísmo.