A palavra resiliência surgiu em 1807 pelo inglês Thomaz Young com um significado distinto do que mais comumente utilizamos hoje: ela significava voltar ao normal. Hoje, utilizamos a resiliência como a capacidade de superar adversidades ou transformações.
Atualmente, vivemos rodeados de grandes organizações que enfrentam diariamente muitos obstáculos. Funcionários pressionados, chefes rigorosos, metas que não foram atingidas, mudança de planos e estratégias, são situações reais na maioria delas. Ter membros que saibam encontrar a melhor forma de lidar com tais fatos é uma das grandes chaves para o sucesso.
Quando os membros de uma determinada organização estão frente a esses problemas existem duas opções: ficarem presos a eles ou buscar superá-los. Essas escolhas, que acontecem todos os dias, refletirão diretamente no futuro da organização, afinal, elas são movidas pelo capital humano, ou seja, as ações de seus membros determinam o seu funcionamento. Para aqueles que escolhem a segunda opção, é necessário que coloquem em prática a resiliência.
Desta maneira, serão capazes de passar por obstáculos promovendo concomitantemente seu desenvolvimento pessoal e o da organização. Segundo a pesquisadora de Recursos Humanos, Carolyn Larkin, a resiliência é um dos três principais atributos de um líder corporativo, confirmando, assim, a relevância de tal característica.
Como exemplo, imagine que uma empresa acaba de contratar um novo diretor e, por certos imprevistos, ele fica responsável por treinar uma nova leva de trainees sem nunca ter feito isso antes. Muitos pensariam em desistir ou não sairiam do lugar, como na primeira opção. Por outro lado, aqueles que são resilientes irão buscar ações que os façam seguir em frente e, assim, alcançarão seus objetivos. Dessa forma, um diretor resiliente nessa situação, ao enfrentar o problema ganharia novos conhecimentos e conseguiria administrar bem as tarefas que lhe foram atribuídas, promovendo ganhos pessoais e consequentemente para a companhia.
A existência de membros resilientes nas organizações é, portanto, essencial na busca pelo sucesso das mesmas. Indivíduos resilientes, por conseguirem enxergar e passar pelas adversidades de forma positiva, são capazes de alcançar seu crescimento e, consequentemente, o da empresa. Assim, é recomendável que busquem para integrar seus times membros que possuam essa capacidade.
Por fim, é interessante ressaltar que resiliência é algo individual e pertencente a cada um, mas também é algo geral, presente na cultura das organizações. Se este fator estiver presente no dia-a-dia, com uma cultura sólida, a resiliência passa agregada de forma natural, propiciando melhores resultados a curto e longo prazo para as empresas.
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Por Ana Laura Davoli, estudante de Psicologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e coordenadora de Marketing na Consultoria RH Junior.