Desde sempre, as empresas tentam criar meios de maximizar sua produtividade através dos funcionários. Com o passar do tempo, são notáveis as mudanças nas estratégias das organizações em relação à condição que é dada aos funcionários no âmbito empresarial. Hoje, as estratégias com enfoque na recompensa atrelada, diretamente, com o desempenho do funcionário, vêm sendo substituídas por uma estratégia que promove o bem-estar e a felicidade do empregado a fim de fortalecer um fator que é visto como uma alavanca do desempenho dos funcionários: a motivação.
Entendida como uma força intrínseca que orienta o comportamento das pessoas, na qual os esforços se concentram em atingir um único objetivo, a motivação pode estar atrelada a diversos fatores nos resultados de uma organização. Normalmente, quando o contexto dos interesses da empresa condiz com os interesses do funcionário, significa que as exigências de ambos os lados são favoráveis a haver motivação por parte do empregado. Ou seja, o funcionário exerce funções que se encaixam em seus interesses e competências, enquanto a empresa reconhece que está obtendo bons resultados com a alocação do empregado. A motivação é tanto a causa como o fruto dessa parceria dinâmica de interesses entre o funcionário e a empresa, o que promove uma sensação de bem-estar para ambas as partes. Dessa forma, o desempenho individual do empregado e a produtividade da empresa são otimizados para se obter um bom desempenho no mercado.
A motivação é um fator que pode ser ligado a uma série de necessidades humanas que influenciam seus comportamentos. Segundo Abraham Maslow, um reconhecido psicólogo americano, há uma hierarquia de necessidades humanas conhecida como “Pirâmide de Maslow”, que mostra uma grande relação da motivação dos funcionários com as suas necessidades, desde as mais básicas, como as fisiológicas, por exemplo comida e sono, até as mais elevadas, como a necessidade de auto-realização e de reconhecimento. Uma organização que fornece tempo suficiente para refeições, sono ou até mesmo um Plano de Saúde para o empregado, atende às necessidades básicas humanas. Além disso, um local que valoriza as inclusões sociais e o reconhecimento individual de cada funcionário satisfaz as suas necessidades sociais e de auto-realização. Fatores como recompensas físicas ou psicológicas justas como reconhecimentos, apreciações de capacitações individuais e salários por exemplo, dão espaço a um bom clima organizacional e, consequentemente, a um melhor desempenho geral.
A compreensão da motivação vem sendo um grande desafio para os administradores. Em busca de maior lucratividade, qualidade e sucesso, o conhecimento dos meios para manter os funcionários motivados vêm sendo um requisito fundamental para acompanhar todo o crescimento da concorrência no mercado atual. É um simples mecanismo que pode mudar totalmente um ambiente de trabalho de forma a ajudar o trabalhador a se dedicar ao objetivo de melhorar cada vez mais. Tendo gosto pela organização e pela cultura da gestão do local onde trabalha, o funcionário bem valorizado torna-se, então, uma ferramenta-chave para tornar a organização cada vez melhor.
Por Maísa Naomi, graduanda em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas e consultora externa da RH Junior Consultoria.