Aprender com a experiência dos outros é uma tarefa essencial na gestão de empresas, pois permite, por meio de benchmarkings, a compreensão sobre como evitar potenciais fracassos e sobre como alcançar o sucesso organizacional e administrativo.
Estudar relatos de trabalhos realizados dentro de uma empresa, durante ou após a sua execução, analisar tanto os pontos positivos quanto os negativos, as decisões tomadas, os resultados atingidos e avaliar a eficácia de operações aplicadas, parece ser algo inviável quando nunca se teve contato prévio com determinada situação.
No entanto, os cases demonstram o contrário. Ter um amplo leque de casos que descrevem acontecimentos verídicos, selecionando e incorporando aquilo que pode contribuir para a evolução da gestão é extremamente importante. Isso porque, além de uma análise, eles transmitem uma mensagem única e consistente para os stakeholders que irão obter, a partir dos cases, a visão e postura presentes na cultura da empresa diante de algum problema, seja ele de sucesso ou não.
A importância dos cases é evidenciada por uma de nossas consultoras, Daniela Cavalheiro, consultora sênior e autora de um case pela RH Junior:
“Os cases são ferramentas de aprendizado tanto interno como externo. Internamente, impacta a qualidade de futuros projetos e tomadas de decisão da empresa, passando o conhecimento entre os membros. Dessa forma, a empresa toma um direcionamento seja com a possibilidade de minimizar erros ou com insights que surgem do que já foi aplicado. É importante frisar a flexibilidade: o case pode abordar projetos externos da empresa, mas também, e de forma alguma menos válido, situações-problema que a própria empresa vivenciou internamente. Essa flexibilidade prova como o case realmente é uma ferramenta de aprendizado, pois ao abordar problemas internos, a empresa olha para si, analisa como aquela situação foi resolvida internamente e pensa criticamente sobre essa questão que a influenciou diretamente. Externamente, o case não é só uma instrução e um modelo de solução que funcionou ou não em uma empresa (salvo as devidas proporções e características de cada organização), mas é principalmente uma identificação com uma anomalia que a sua empresa pode estar passando no momento. Este último uso do case pode ser o mais valioso externamente, pois a identificação de problemas é o que vai diferenciar as empresas no mercado.”
Além disso, cases são materiais enriquecedores no meio acadêmico, principalmente para a formação de estudantes de administração, pois permite preparar os alunos e antecipar a vivência no mercado de trabalho, uma vez que simulam possíveis casos que poderão surgir em um contexto profissional.
Os cases, portanto, possuem três frentes significativas: a auto-avaliação e reflexão em relação aos trabalhos que estão em andamento, a prospecção de clientes e funcionários e a consolidação do conhecimento. Eles atuam como uma das peças principais para o entendimento da organização de clientes, gerência, operação, pesquisa e desenvolvimento e vendas das empresas que estão escrevendo suas histórias dentro do mercado.
Por Natália Lee, graduanda em Psicologia no Mackenzie e trainee da área de marketing na RH Junior Consultoria